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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Alunos do 9º ano B - MAJUF






Alunos no 9º ano B – EEFM Profª Maria Júlia Fialho



Entre 1918 e 1938, o mundo viveu um período chamado “entre guerras”: vinte anos que separaram as duas grandes guerras mundiais. Com o fim da Primeira Guerra, em 1918, a Alemanha, derrotada, encontrava-se em uma profunda crise. Para sair da guerra e manter o que restou de seu exército, assinou um acordo de paz chamado “Tratado de Versalhes”. Esse tratado, além de responsabilizar a Alemanha pela Primeira Guerra, proibia o país de fabricar armas, tanques e aviões; obrigava a devolução de territórios conquistados e a redução do exército alemão, além de exigir o pagamento de uma indenização aos países vitoriosos, pelos danos de guerra. Essas imposições criaram na Alemanha um clima de revanchismo, revolta, por parte da população que estava se sentindo humilhada. No final da guerra, o regime monárquico do Kaiser (imperador) caiu, dando início a “República de Weimar”.
Em 1917, a Rússia, comandada pelo socialista Lênin, derrubou o governo do Czar Nicolau II e instaurou uma nova forma de governo democrático: o comunismo. Os países que baseavam suas economias no capitalismo e na exploração do trabalhador se viram ameaçados. Uma onda de movimentos antidemocráticos surgiu no cenário mundial, com o intuito de conter o crescimento do comunismo. Na Itália predominava o fascismo; em Portugal, o salazarismo; na Espanha, o franquismo; e na Alemanha, o nazismo. A palavra nazismo vem de Nazi, que é a abreviação de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, que de socialista não tinha nada. Seu líder chamava-se Adolf Hitler e o partido adotou como símbolo a “suástica”, uma cruz encontrada em diversas tribos.

Hitler nasceu em 20 de abril de 1889. Em 1923, Hitler, indignado com as péssimas condições que os alemães enfrentavam, oriundas da derrota na guerra, tentou um golpe de Estado em uma cervejaria, na Alemanha. Sem sucesso, foi preso. Na prisão, escreveu um livro que se tornaria a cartilha para o nazismo: “Mein Kampf” (Minha luta). Nesse livro, Hitler defendia a hegemonia da raça ariana, alegando que a Alemanha só se reergueria quando os povos se unissem “num só povo, num só império, num só líder”. Outras etnias, como judeus e negros, deveriam ser executados. Hitler não gostava de judeus, pois afirmava que a Primeira Guerra só foi desastrosa por conta da traição dos judeus marxistas. Além do ódio contra outras etnias, Hitler também defendia o extermínio de testemunhas de Jeová e homossexuais. E comunistas, é claro. Para executar suas ordens, foram criadas as Seções de Assalto (S.A), as Seções de Segurança (S.S.) e a Gestapo (polícia secreta).
Os alemães viam em Hitler uma salvação para a crise que o país enfrentava. Rapidamente o partido cresceu. Agricultores, jovens, soldados, em todas as classes, tornaram-se adeptos do novo partido. Com a crescente do partido, o presidente alemão Hindenburg, amedrontado, ofereceu o cargo de chanceler a Hitler, que instaurou uma política de repreensão contra seus opositores: os líderes comunistas foram presos em campos de concentração e, posteriormente, executados. Em agosto de 1934, o presidente Hindenburg morreu e Hitler assumiu o cargo máximo, sem abrir mão do seu cargo antigo. Criou o Terceiro Reich (império) e se proclamou Führer (líder, em alemão). Sua primeira medida como ditador foi a execução de milhares de judeus, comunistas, homossexuais, negros e outros nos campos de concentração. Esse episódio ficou conhecido como “Holocausto”.

Uma figura fundamental na difusão do nazismo foi Joseph Goebbels. Hábil orador, cineasta e agitador, Goebbels foi nomeado ministro da propaganda nazista. Além de censurar os veículos de imprensa, Goebbels fazia filmes que alienavam a população, com promessas de um mundo melhor, com a supremacia ariana. Controlava o rádio, a televisão e os jornais, divulgando seus filmes e discursos panfletários em prol do nazismo.

Em 1939, teve início a Segunda Grande Guerra. Hitler, colérico, enviou toda a tropa alemã. Depois de inúmeras derrotas, o exército alemão tentou a última cartada: em junho de 1941 invadiu a União Soviética. Apesar das vitórias iniciais, Hitler não contava com o rigoroso inverno e suas tropas foram surpreendidas, ficando cercadas por tropas russas. Sem comida, sem água e enfrentando um frio congelante, o exército alemão foi derrotado. Hitler, cercado pelo exército vermelho, em seu bunker (esconderijo militar), suicidou-se com um tiro na cabeça.

 Agora responda:

1-  Quais as causas e consequencias do Nazismo?
2- Quais as principais ideias nazistas?
3- Comente sobre Hitler.
4- Na sua opinião, o Nazismo trouxe algo de positivo para o mundo? Justifique.
5- O que eram os campos de concentração?

domingo, 24 de fevereiro de 2013

"Acompanhei presencialmente toda a exumação", diz tetraneto de Dom Pedro I

Exumação de Dom Pedro I (Fotos: Divulgação/Valter Diogo Muniz)



“Impressionante e fundamental para a História do Brasil”, disse Bertrand de Orleans e Bragança sobre a exumação para estudo dos restos mortais de Dom Pedro I, Dona Leopoldina e Dona Amélia. Tetraneto do imperador, Dom Bertrand, como é conhecido, acompanhou presencialmente as pesquisas comandadas pela historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel, divulgadas nesta segunda-feira (17) durante a defesa de seu mestrado, na Universidade de São Paulo (USP).
Em entrevista a ÉPOCA, Dom Bertrand afirmou que a família não pensou duas vezes antes de autorizar a abertura dos caixões dos três personagens históricos, assinada oficialmente pelo irmão Dom Luiz, que, dentro da hierarquia ainda seguida pela família, de acordo com as normas dos tempos do Império, é o chefe da Casa Imperial do Brasil (Dom Bertrand é o príncipe imperial). A pesquisadora, amiga da família há anos, alegou que estava preocupada com o estado dos restos mortais. Além de o local ser muito úmido, “inundações já haviam atingido a cripta no Ipiranga, com água chegando praticamente na altura do sarcófago”, afirmou o príncipe.
Parte das curiosidades descobertas pelo estudo foi recebida com surpresa pela família. “O mais impressionante foi o caso de Dona Amélia, em que o corpo estava muito bem conservado: pele, unhas, pelos, supercílios... Nós não sabíamos da mumificação, descobrimos ao abrir o caixão.” Dom Bertrand afirmou que não sabia também sobre a roupa com que a tetravó, Dona Leopoldina, fora enterrada: exatamente a mesma que vestiu na coroação do marido, Dom Pedro I, em 1822.  
Por outro lado, houve uma confirmação do que já era defendido pela família. Valdirene descobriu, com ajuda de análises realizadas no Instituto de Radiologia da USP, que Leopoldina não havia nenhuma fratura nos ossos, contrariando a versão histórica de que a primeira mulher de Dom Pedro I teria sido derrubada pelo marido de uma escada na então residência da família real. “Historiadores inventam versões sem fundamento, e os outros repetem. Nós sempre contestávamos o fato”, disse Dom Bertrand.
A versão, propalada de fato por alguns historiadores, dizia que a imperatriz teria morrido em decorrência da queda, após quebrar o fêmur e sofrer um aborto. “O fato foi descartado pelos cientistas, que realizaram diversos exames de alta qualidade, comprovando que não foi uma suposta violência que a matou”, afirmou. “Ela realmente sofreu um aborto, mas foi em uma época em que Dom Pedro I estava no Rio Grande do Sul. Então não tem nenhuma relação.”
Medalhas, botões e fragmentos de vestes foram recolhidos dos caixões do imperador e de suas mulheres, e devem ser expostos ao público em breve. Segundo Dom Bertrand, os pertences foram confiados pela família ao Departamento de Patrimônio Histórico de São Paulo. A intenção da Secretaria Municipal de Cultura é expor as peças em vitrines blindadas dentro do Monumento à Independência, na capital paulista, mesmo local onde os restos mortais estão depositados.

Dona Amélia mumificada

Mãos de D. Amélia segurando um crucifixo

FONTE: 
http://br.noticias.yahoo.com