As
vezes quando passo naquele beco entre o Posto Santana e R.E.C vem em minhas memórias
momentos da minha infância, lembro da figura do Sr. Luiz Claudino que na época
era empresário do Posto de Combustível. Aos domingos, sempre pela manhã quando
eu acordava e via aquele dia lindo de sol já imaginava sair pelo portão na Rua
das Pedrinhas e se encontrar com os amigos para brincar de bila, tomar banho no
Açude Falcão e pegar passarinho atrás do Clube.
Para
ir ao Açude Falcão tinha que passar pelo Posto do Sr. Luiz Claudino, naquele
beco que fica entre o Posto Santana e R.E.C, nos anos 80 as crianças brincavam,
se divertiam e aproveitavam sem pensar no amanhã; Não havia TikTok, Celular,
Facebook ou Instagram, éramos felizes com brincadeiras ingênuas.
Com os
amigos viviam, cada dia novas brincadeiras, novas piadas, dávamos gargalhadas,
brincavam de baladeira, brincávamos de espadas e da Bandeira e achávamos tudo
engraçadas. Porque nós éramos crianças, crianças precisam de brincar, zuar,
divertir.
Da
Bandeira, ralei joelho, arranquei a tampa do dedão, furei o pé com prego
enferrujado, briguei e apanhei na rua, roubei goiaba, apanhei na escola, fiquei
de castigo e, principalmente, apanhei de chinelo, de cinto e de vara da minha
mãe.
Tive
muitos amigos, e sempre brincávamos juntos meninas e meninos, brigávamos muito
e meia hora depois, fazíamos as pazes. Tive apelidos e não se conhecia a
palavra Bullying e tudo isso com fatos vergonhosos, não era coisa para
traumatizar.
Posto
do Sr. Luiz Claudino traz lembranças, foram fatos da minha infância que ficou
de registro do meu cotidiano que leva a outras histórias e memórias. Lembro de
fatos de minha infância não com melancolia, mas com nostalgia e saudade, não
lamento minha infância pobre e sem recursos, ao contrário me fez um homem forte
e com consciência social.
No
Passado o que nós tínhamos para fazer, fizemos. Agora devemos ensinar os jovens
com nossa experiência de vida.
Prof. Ricardo Assis