No ano de 1997, alguns jovens residentes na Rua Ana Nery, bairro Liberdade (antigo rabo da gata) na cidade de Independência, alguns jovens formaram um grupo folclórico, esses jovens além de serem vizinhos, amigos de infância, alguns eram também colegas de aula na CNEC. O objetivo inicial era participar das festividades das escolas, gincanas e outros eventos culturais, mas principalmente, FESTA JUNINA, esse sempre foi o maior objetivo. Foi decidido que o nome do grupo seria: GRUPO DE JOVENS DA ANA NERY.
A primeira atividade foi
em 1997, na gincana de 01 ano da FM COMUNITÁRIA
INDEPENDÊNCIA, apresentando peças teatrais, paródias, danças, além de
arrecadar CD’S para a emissora que completava um ano. Nessa gincana muitas
pessoas participaram mais algumas nunca se firmaram como membros do grupo.
Em 1998 foi formado
o Arraiá da Ana Nery, os ensaios no mês de maio no pátio da
Secretaria de Ação Social, o primeiro problema, era muito grande o número de
pessoas que compareceu para ensaiar, muita gente, de várias ruas. Ensaiamos uma
ou duas vezes, mas não cabia no espaço, então reunimos os principais
integrantes, no futuro, A COORDENAÇÃO do grupo, fizemos uma reunião para
solucionarmos o problema, (essa foi a primeira de centenas de outras, tudo
aqui sempre foi decidido em conjunto), chegamos a conclusão que deveríamos
formar duas quadrilhas; o Arraiá da Ana Nery e o Arraia do Mandacaru,
as pessoas mais próximas ficariam no Ana Nery, as demais, no Mandacaru.
Assumiríamos o compromisso de ensaiarmos o Mandacaru, e ele sempre participar dos festivais junto com a Ana Nery. Essa reunião aconteceu na casa do Bida (in memória), quando abrimos à porta, a Ana Nery estava cheia de gente, aquelas pessoas que sentiam que seriam tiradas, principalmente as meninas, cuidaram de trazer as mães para nos inibir da decisão.
Os homens também estavam lá. Gente da rua 70, da Horácio Falcão, até da Ferrolândia que na época tinha a melhor quadrilha de rua, na nossa opinião. Não teve jeito demos a notícia pra todos os presentes, dissemos quem ficaria na Ana Nery e quem iria para a outra, os que foram para o Mandacaru, sentiram-se excluídos e começaram a chorar, outros nos criticavam, jogavam pragas, foi um verdadeiro tumulto. Inexperientes, não sabíamos como solucionar aquele problema, que tinha seu lado positivo, os jovens queriam ser do Arraiá da Ana Nery, mesmo sem nunca terem visto. Ah, tinha uma moça da Ana Nery que foi colocada para o Mandacaru. Que no futuro seria um destaque no Grupo, foi dispensada, considerada muito criança ainda. Fizemos uma nova reunião, decidimos que não teria Mandacaru, tiramos os 12 pares necessários e os demais, que quisessem, seriam suplentes, podendo participar dos ensaios e a qualquer momento substituir alguém no caso de uma necessidade.