Sempre
busco conversar com pessoas mais idosas sobre a história de Independência, como
não há praticamente nada escrito sobre nossa história e de nossas personalidades,
então, as memórias são excelentes fontes para a história. São rastros e
vestígios que podem nos levar a interessantes caminhos para a história de nosso
município.
Fica
difícil descobrir algo sobre Independência por não haver documentação que
comprove os fatos, devemos investigar um pouco mais sobre estas professoras que
atuaram na nossa cidade nos anos 50 até início de 2000.
Fiquemos
com boas lembranças das eternas professoras Maria Altair Americo Saboia, Maria
do Carmo Pimentel, Francisca Ozanira Macêdo Pinto e Maria Stela Bezerra Pereira
que dedico aqui um espaço para as memórias sobre a dedicação de suas vidas para
educação de Independência.
Educadora
Maria Altair Américo Sabóia - Nasceu no
dia 20 de dezembro de 1931 na Fazenda Lindeza, Filha de Pascoal Soares Sabóia e
Júlia Américo Sabóia, estudou na cidade de Independência o curso primário. Suas
primeiras professoras foram Srª. Ana Pimentel Madeira, Srª Maria Neusa Américo
Bezerra e Srª. Hosana Pires de Sabóia.
Em
1947 foi professora contratada pela Prefeitura do município ensinou na Fazenda
Ipueiras durante cinco meses e ensinava particular em casa. Em 1950 foi para o
Educandário Eunice Wesver na cidade de Maranguape, concluiu o curso ginasial e
pedagógico no Ginásio Santa Rita em Maranguape.. Trabalhou
no Educandário da função de professora, inspetora de crianças, enfermagem e
professora do estado. Em janeiro de 1961 a 1963 com o apoio do Pe. José Jacques
Moura e Lucinda Pires de Saboia terminou o curso de aperfeiçoamento ensino
secundário.
Francisca Ozanira Macêdo Pinto nasceu no dia 20 de abril de 1935, na
Fazenda Espírito Santo, filha de Antonio Lopes Pinto e Ana Macêdo foi batizado
na matriz de Senhora Santana pelo Padre Elicio Mota. Viveu seus primeiros anos
de vida na Fazenda Canto no município de Crateús em companhia de seus pais e
quatro irmãos, são eles: Ozana, Oséas, Osaneide e Onésia.
Com 6 anos perdeu o seu Pai e sua mãe ainda jovem teve de enfrentar as
dificuldades da vida e cuidar de seus cinco filhos. Mulher guerreira e sua fé
em Deus encarou com determinação a vida. Aos 10 anos iniciou os estudos na
cidade de Crateús Cursou o ensino fundamental na Escola Normal (hoje Regina
Pacis) conseguiu o diploma de professora. Iniciou sua carreira profissional no
Instituto Monsenhor Juveniano Barreto, em Parambu. Em 1957, junto com Padre
Jacques Moura veio lecionar em Independência no Instituto Santana e na escola
do 4º Batalhão de Engenharia. Tambem foi professora na Escola Maria Júlia
Fialho.
Maria
do Carmo Pimentel Dedicou toda sua vida a escola Profª Maria Julia Fialho, como
professora e posteriormente Diretora, sempre carismática e dedicada à educação
do município, sempre buscou dentro de sua experiência aplicar uma postura ética
na escola tratando todos os alunos, professores e pais como sendo de sua
própria família.
Dentre
tantos professores que passaram pela Escola Profª Maria Julia Fialho, Maria do
Carmo Pimentel tem uma história especial. Ela não foi apenas uma docente com
muitos anos de casa. Maria do Carmo dedicou 27 anos de sua vida à Escola, da
qual foi professora e Diretora.
De
infância pobre e sem muitas perspectivas, Dona Maria do Carmo Pimentel desde
criança sonhava em ser professora. Naquele tempo a educação era menos acessível
do que hoje, pois na maioria das vezes as escolas, isso é quando existiam, eram
particulares e não estavam entre as prioridades da família.
Srª Maria Stela Bezerra Pereira nasceu no dia 18 de novembro de 1918,
em Independência. Filha do casal Francisco Pereira Chagas e Isabel Rodrigues de
Melo, foi a primeira dos nove filhos. Sua vida sempre foi direcionada para
Igreja Católica. Foi aluna da Profess ora Maria Júlia Fialho, e aos 16 anos fez
concurso para professora.
Professora na Fazenda Floresta e em Cachoeirinha do Pai Senhor em Tauá,
às vezes fazia o trajeto montada em cavalo, eram tempos difíceis mais nunca
desistiu de lecionar. Em 18 de agosto de 1965 aposentou-se do magistério, mas continuou a ensinar no Ginásio Santana.
Profº Ricardo Assis