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domingo, 24 de dezembro de 2023

Independência foi um dos maiores produtores de algodão na Região dos Inhamuns - Profº Ricardo Assis

Caminhão de algodão produzindo na Fazenda Jandrangoeira 

 

Com o declínio do ciclo da pecuária no final do século XVIII, tem início um novo ciclo que transformaria a economia do Ceará e, consequentemente, a de Fortaleza: o do algodão, também chamado de ouro branco. Até então, a cotonicultura era uma atividade secundária, praticada paralelamente à pecuária. Sua produção destinava-se basicamente ao mercado do Recife. Mas com o advento da Revolução Industrial, na Inglaterra, que impulsionou a fabricação de tecidos, a demanda por algodão cresceu acentuadamente. E o Ceará passou a produzi-lo em larga escala.

O município de Independência foi um dos maiores produtores de algodão na Região dos Inhamuns, a produção do município era vendida para outros municípios e Fortaleza. Na bandeira do município tem um galho de algodão simbolizando a grande produção em nosso município.

Na zona rural de Independência, havia inúmeras fazendas que produziam algodão e traziam para a Cooperativa na sede do município para fazer a revenda do algodão. Vários caminhões saiam lotados de algodão do município de Independência para Fortaleza e outros municípios.

Nos anos 1970 e 1980, houve problemas à livre comercialização do algodão devido às barreiras antes existentes, como a medida imposta pelo Governo Federal, em 1973, que limitou as exportações de algodão a fim de beneficiar as indústrias têxteis do Brasil. Com isso, os produtores de algodão perderam a opção de vender livremente para o mercado externo, voltando-se apenas para o mercado interno. Essa medida deixou o algodão à mercê do mercado interno, que estipulava o preço de compra.

Profº Ricardo Assis

domingo, 17 de dezembro de 2023

Zé Meruoca: De Cangaceiro a Santo Popular em Independência - Profº Ricardo Assis

Túmulo do Zé Meruoca - considerado santo popular pelos independencianos.

 

O cangaceiro teve seu fim enquanto estava em custódia, no entanto, passou para o imaginário popular como uma figura de culto

Uma das histórias mais impressionantes de Independência é do Zé Meruoca que está enterrado do Cemitério “Velho” e faz parte da cultura religiosa do povo independenciano. Anos após a sua morte, o túmulo do Zé Meruoca é visitado por inúmeras pessoas e por simpatizantes em prece ao nome dele, que para o povo virou santo.

Existe um processo judicial já prescrito que relata várias versões sobre a morte do José Meruoca, no processo em alguns depoimentos os chamam de pistoleiro ou cangaceiro.

Segundo relato o Zé Meruoca chegou na cidade de Senador Pompeu e acabou matando um policial, imediatamente fugiu do local em rumo ignorado. Após alguns dias foi formado uma “volante” de três policias para persegui e prender o José Meruoca.

Cemitério "Velho" de Independência - Túmulo do Zé Meruoca
 se encontra no final do cemitério

A “Volante” passou por Pedra Branca e chegou em Independência, ao chegar na delegacia local solicitou um policial ao delegado que conhecesse o município. O Delegado atendeu o pedido, assim os policias partem em buscar de capturar o José Meruoca, após horas de perseguição chegam na localidade de Altamira e descobre que o José Meruoca dormiu em uma residência na noite anterior.

No dia 24 de maio de 1950, os policias encontram em uma residência na localidade de Porcos, divisa com Novo Oriente, o José Meruoca. Os moradores da casa saem correndo para a mata e, segundo relato, há um tiroteio entre os policias e o José Meruoca, desse tiroteio um policial fica ferido e o José Meruoca também recebe alguns tiros.

Em relatos, que José Meruoca sofreu nas mãos dos policias espancamentos e torturas que acabou morrendo. Seu corpo foi trazido em uma carga até a Delegacia Local.

Pelas circunstâncias da morte, o túmulo de Zé Meruoca virou local de romaria e promessas. Na cultura popular, acredita-se que Zé Meruoca é um santo milagroso, pois pelo sofrimento antes de sua morte e teria gerado graças diversas depois de assassinado. Até hoje os independencianos rezam e fazem promessas com pedidos ao Cangaceiro morto.

OBS: Nomes dos policiais foram retirados do artigo para preservar a imagem.

 

Profº Ricardo Assis


quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Independência ganha podcast com histórias do município – Profº Ricardo Assis

Programa Podcast - Escola Prof.ª Maria Júlia Fialho

 Foi lançado hoje (29) pela manhã na Escola Profª Maria Júlia Fialho, o projeto interdisciplinar de História e o Laboratório de Informática – Porronca, minha história. O projeto foi elabora do pelo Profº Alan Rodrigues (LEI) e colaborador Profº Ricardo Assis (História) que traz um podcast contando algumas histórias do município de Independência.

O podcast tem a frente os professores Alan Rodrigues e Ricardo Assis e os alunos (as) da Escola Profª Maria Júlia Fialho com apoio total da Direção da escola. O podcast irá ao ar mensalmente com duração de 15 minutos. O programa trará histórias, entrevistas, atualidades e projetos educacionais, sempre focando a educação.

O primeiro episódio já está disponível no Canal da Majuf (Youtube) com o tema história de Independência.

Para saber mais, acesse o perfil do programa no Instagram @info_majuf




Profº Ricardo Assis 

sábado, 18 de novembro de 2023

Símbolos na porta da Igreja Matriz simbolizam os evangelistas - Profº Ricardo Assis

 

Quatros evangélicos 

Após a reforma da Igreja Matriz de Independência, o Padre Antônio José colocou na porta da Igreja Matriz são os quatros evangelistas. Há muitos séculos a Igreja utiliza a representação icônica dos evangelistas 

No Livro do Apocalipse, identificamos um texto que nos apresenta esses quatro seres: “O primeiro animal vivo assemelhava-se a um leão; o segundo, a um touro; o terceiro tinha um rosto como o de um homem; e o quarto era semelhante a uma águia em pleno voo” (Ap 4,7).

Jesus é o alfa e o ômega

                                                          

O alfa e o ômega são a primeira e a última letras do alfabeto grego, respectivamente. Com isso Jesus diz é que ele é quem falou a primeira palavra da história mundial e que ele também falará a última.

São Mateus é simbolizado pelo homem

São Mateus é simbolizado pelo homem porque ele inicia seu Evangelho com a geração humana, apresentando a genealogia de Jesus.

São Marcos é simbolizado pelo leão

São Marcos é simbolizado pelo leão porque inicia com o clamor do deserto, falando sobre João Batista, a voz que clama no deserto.

São Lucas é simbolizado pelo touro

São Lucas é simbolizado pelo touro porque começa falando da função sacerdotal de Zacarias, que tinha a tarefa de oferecer sacrifícios no templo de Jerusalém. 

São João é simbolizado pela águia

São João é simbolizado pela águia porque começa com a divindade do Verbo, dizendo “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1,1-5), ou seja, ele começa seu Evangelho falando da divindade de Jesus, que é representada pela águia, a ave que voa mais alto e faz seu ninho nos montes mais elevados, mas também vem do alto até nós, o que podemos comparar com a humanidade de Jesus, pois o “Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória” (Jo 1,14).

Profº Ricardo Assis

domingo, 12 de novembro de 2023

Padre Antônio José, a voz de Deus que incomoda muita gente – Profº Ricardo Assis

Padre Antônio José - Homem de Deus

 

Em 12 anos de ordenação, o Padre Antônio José, paroquia de Senhora Sant’Ana em Independência, enfrenta com seu dialogo e sua fé pessoas que se acham acima de tudo e de todos, desde quando chegou em Independência que suas verdades foram vistas como enfretamento aos “poderosos”.

Para quem conhece o Padre Antônio José, sabe que não mede suas palavras para falar a verdade. Corajoso e verdadeiro vem fazendo um excelente trabalho missionário na paroquia de Sant’Ana, fez uma reforma corajosamente na igreja e buscou justiça social para os pobres e humildes de independência.

Com seus 41 anos de idade e sua coragem de enfrentar “as forças ocultas”, ganhou o respeito e apoio do povo humildes da paroquia Sant’Ana. O padre Antônio José é visivelmente incansável e a perseguição é proporcional à sua disposição. Quem participa de suas missas puderam acompanhá-lo expondo suas histórias e seus fatos, seja pedindo doações, ou apenas contando os casos de pessoas que convive ou de alguém que a igreja ajudou. Certo é que o padre sempre esteve do lado que quis estar – dos humildes e dos oprimidos – e não é as perseguições que irão fazer ele mudar.

A figura do padre é resistência, é o enfretamento e percebe-se que não tem medo do conflito, pois o conflito é uma forma de dialogar, e diálogo o padre sabe fazer muito bem. Não há diálogo quando os humildes estão sofrendo com as desigualdades sociais.

Meu respeito e minha admiração pelo Padre Antônio José pela sua luta e coragem, continue sempre assim, lutando contra a desigualdade e as injustiças. Seja a voz dos humildes e dos oprimidos. Deixo aqui as palavras do Papa Francisco “Não tenham medo, tenham coragem”.

 

Profº Ricardo Assis

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Dia do Saci: conheça o Halloween brasileiro, que valoriza o Folclore - O Povo

O Dia do Saci é comemorado no dia 31 de outubro, junto com o Halloween. Crédito: Reprodução/Site Toda Matéria/Pinterest


O Dia do Saci é comemorado no Brasil no dia 31 de outubro, mesmo dia em que se comemora o Halloween. A data surgiu no País em 2003, por meio de um projeto de lei, mas ainda tem dificuldades de se firmar como uma comemoração popular.

A história mais popular sobre o Saci-Pererê, muito divulgada no Dia do Folclore, apresenta-o como um ser mítico que habita as florestas. Ele é um menino negro, que possui apenas uma perna, mas que se movimenta rapidamente. Ele também tem como característica gostar de fazer travessuras e pregar peças nas pessoas. 

Como surgiu o Dia do Saci

O Dia do Saci surgiu no Brasil em 2003, com o Projeto de Lei 2.762/2003, proposto pelo deputado Aldo Rebelo, com o intuito de valorizar o folclore do País. Entretanto, a data não foi oficializada.

Somente em 2013, a Comissão de Educação e Cultura elaborou o Projeto de Lei 2.479, que institui o 31 de outubro como sendo o Dia do Saci. O deputado federal Chico Alencar e a vereadora Ângela Guadagnin propuseram que a data represente “um instrumento de valorização da cultura popular como elemento fundamental na constituição da identidade brasileira”.

A lei estimula a comemoração do Dia do Saci na forma de eventos culturais e atividades festivas. Entretanto, a data não é muito comemorada pelos brasileiros, que relacionam o dia 31 de outubro ao Halloween.

Dia do Saci e o Halloween

A criação do Dia do Saci é uma resposta à cultura dos países de língua inglesa, representada, neste caso, pelo Halloween.

O Dia das Bruxas, ou Halloween, é uma festa tradicional de países anglo-saxões, em especial os Estados Unidos. Chegou ao Brasil disseminada pelo cinema estadunidense e pelas escolas de idiomas.

Por isso, o dia 31 de outubro foi escolhido como o Dia do Saci, para valorizar o folclore brasileiro junto com seus mitos e tradições e reduzir a supervalorização de elementos culturais de outros países.



sábado, 21 de outubro de 2023

D. Fragoso visita São Joaquim em Independência (1994) – Profº Ricardo Assis

D. Fragoso na localidade São Joaquim (Independência)

 Filho de José Fragoso da Costa e de Maria José Batista da Costa, nasceu no sítio do Riacho Verde, Paraíba. Entrou no Seminário Arquidiocesano em João Pessoa, em 1934, ordenando-se sacerdote no dia 02 de julho de 1944. Dois irmãos seus também se tornaram religiosos: Frei Hugo Fragoso, OFM, e Frei Domingos Fragoso.

No dia 28/04/1964, o Papa Paulo VI o nomeou primeiro bispo de Crateús. Função que exerceu até 18/02/1998, quando apresentou sua renúncia por limite de idade, sendo sucedido por dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho.

Em suas andanças, visitou a localidade de São Joaquim, na zona rural de Independência em 1994. Destacou-se na defesa dos direitos humanos e políticos no Brasil, de modo particular durante os chamados anos de chumbo. Assumiu como projeto de vida a linhas propostas pelo Pacto das Catacumbas, um documento assinado por cerca de 40 padres conciliares no dia 16/11/1965, nas catacumbas de Domitila, em Roma, durante o Concílio Vaticano II.

Dom Fragoso faleceu aos 85 anos na madrugada de 12/08/2006, vítima de um infarto fulminante. Ele estava internado em um hospital de João Pessoa, para onde se mudou após renunciar ao bispado, tratando-se de problemas cardiovasculares.

Profº Ricardo Assis

sábado, 14 de outubro de 2023

Paróquia de Nossa Senhora Sant'Ana realiza um trabalho de revitalização e higienização do piso da igreja - Prof° Ricardo Assis


A Igreja Matriz de Independência, um marco histórico e religioso da cidade, esteve temporariamente fechada durante esta semana para passar por um processo de manutenção e limpeza do piso da igreja.Os responsáveis pela paróquia estão dedicando esforços para realizar uma grande limpeza no piso de toda a Igreja Matriz. 

O padre Antônio José responsável pela paróquia vem se dedicando esforços para realizar uma grande limpeza no piso de toda a Igreja Matriz.
 A manutenção tem como objetivo revitalizar o ambiente e proporcionar um espaço acolhedor e bem-cuidado para os fiéis e visitantes. A limpeza abrangente representa um esforço para garantir que o espaço religioso esteja em ótimas condições para a comunidade.

Preservando a história e o espaço religioso – A manutenção e a limpeza da Igreja Matriz de Nossa Senhora Sant'Ana é exemplo de como a paróquia se empenha em preservar tanto a história quanto a importância espiritual do local. Através de esforços como esse, a comunidade religiosa demonstra seu compromisso em oferecer um ambiente de devoção e reflexão aos seus membros e visitantes.

Prof° Ricardo Assis 

domingo, 8 de outubro de 2023

Campos de concentração no Ceará confinaram flagelados da seca com base em teorias racistas

Espaços para controlar migração de flagelados eram montados perto das estações de trem. Em 1932, sete campos foram a resposta encontrada para conter o pânico de invasões aos centros urbanos.


 Grandes terrenos cercados ou murados. Estruturas internas em disposição circular ou quadrangular. Com formatos e tamanhos diferentes, o Ceará teve sete campos de concentração com alguns pontos em comum: casebres improvisados, posto médico, cozinha, barbearia e capela. Foram espaços montados para confinar os retirantes da seca.

O ano era 1932, e o Nordeste passava por mais um período de poucas chuvas. Em Fortaleza, um dos medos dos moradores das áreas nobres era estar, mais uma vez, nos mesmos espaços que os flagelados, como eram chamados os milhares de sertanejos que fugiam da estiagem para sobreviver.

Os campos fizeram parte de uma política pública. Era onde os flagelados encontrariam trabalho, comida e proteção. No entanto, a assistência foi insuficiente. Aglomerados em péssimas condições de higiene e moradia, milhares de sertanejos morreram nestes locais.


A escolha dos lugares foi estratégica: os dois campos de Fortaleza e os cinco do interior foram montados perto das estações de trem mais procuradas. Durante as secas, estes eram espaços de fortes tensões entre as forças policiais e os retirantes que tentavam deixar os sertões.


Eram duas rotas de trem ativas no Ceará:


  • Estrada de Ferro de Baturité: com cerca de 560 quilômetros, ligava Fortaleza à cidade do Crato, na região do Cariri. Passava por cidades do Sertão Central, região fortemente afetada pelas secas. Nesse caminho, foram instalados quatro campos de concentração: Quixeramobim, Senador Pompeu, Crato e Cariús.

  • Estrada de Ferro de Sobral: a cidade de Ipu era ligada a Fortaleza em linha férrea que passava por Sobral. Um campo foi construído em Ipu, sendo o único vinculado a essa estrada de ferro.

Findada a esperança de chuva nos primeiros meses de 1932, o número de famintos procurando os trens impressionava e virava notícia nos jornais da época com tons de alarme. No fim de abril, os sete campos começaram a funcionar. A política terminou um ano depois, com as chuvas de 1933.


A decisão foi tomada no governo de Getúlio Vargas, que tinha no Ceará o interventor Carneiro de Mendonça colaborando com ações em um período de forte centralização do poder federal.


Uma vez no campo de concentração, os sertanejos só poderiam sair para trabalhar nas frentes de obras públicas. Estradas, prédios, açudes e projetos de embelezamento das cidades foram acelerados com o esforço dos retirantes.


As intensas migrações e os cenários de miséria eram alvo de preocupação no Ceará. Dentre as autoridades que tentavam sensibilizar o governo em busca de recursos, o político cearense Ildefonso Albano anexou fortes imagens ao discurso "O secular problema do Nordeste", proferido na Câmara dos Deputados Federais em 1917.


Após a seca de 1915, vários setores da sociedade buscavam uma solução para evitar que as áreas centrais de Fortaleza fossem tomadas pelos retirantes. Os campos de concentração surgiram como medida aprovada pela opinião pública.


Aglomerar e controlar um grupo da população não era novidade no Ceará. Conforme Valdecy Alves, advogado e ativista pela memória dos campos de concentração, os aldeamentos de povos indígenas são experiências precursoras desta política.

FONTE: G1

sábado, 2 de setembro de 2023

São Raimundo Nonato – Padroeiro da Cachoeira do Fogo, comunidade de fé e devoção ao padroeiro – Profº Ricardo Assis

São Raimundo Nonato - Padroeiro da Cachoeira do Fogo

 Estive presente na penúltima noite de novena no Distrito de Cachoeira do Fogo na quarta (30/08), foi um momento de fé e devoção ao padroeiro. A comunidade presente e com muita fé participaram da novena com cânticos e orações.

A festa do padroeiro São Raimundo Nonato acontece entre os dias 22 a 31 de agosto. O Santo Católico que é padroeiro do distrito é celebrado e homenageado no dia 31 de agosto.

Os festejos de São Raimundo Nonato é uma festividade religiosa e marcada por momento de muita fé e devoção, são dez dias de programação religiosa e cultural que movimentam o distrito e a sede do município de Independência.

Geralmente, o espaço que fica a frente da Capela de São Raimundo Nonato é palco de celebrações religiosas e culturais, a comunidade e sociedade em geral se reúnem para festejar as novenas e o padroeiro.

As festividades do padroeiro São Raimundo Nonato é um marco cultural e religioso do município de Independência, pois reúnem novenas, missa, leilões, bingos, cultura e comidas típicas que se unem proporcionando alegria e a receptividade da comunidade generosa e carinhosa da Cachoeira do Fogo.

 

Profº Ricardo Assis

 

domingo, 27 de agosto de 2023

Independência: Igreja Matriz – azul do céu e manto de Nossa Senhora – Profº Ricardo Assis

Igreja Matriz - Azul do Céu e manto de Nossa Senhora

 A Igreja Matriz de Nossa Senhora Sant’Ana é uma igreja que representa muito para o município de Independência e, principalmente, para seu povo. É um dos principais pontos turísticos, foi ao redor da igreja que a Vila começou a se desenvolver até se tornar uma cidade e município. A igreja fica no centro histórico e ocupa um lugar de destaque na paisagem.

Durante a sua existência ela já teve muitas aparências, mas nunca chamou tanta atenção como a pintura atual. O Padre Antônio José teve a divina ideia de pintar a Igreja Matriz de Azul do Céu e manto de Nossa Senhora, ao pintar a parte externa com um azul celestial, a cor vem chamando atenção dos fiéis.

Ao olhar de certo ângulo, a igreja se confunde com o céu, enganando a visão até do mais atento observador. A cor azul da Igreja Matriz nos remete ao pensamento divino.

O azul do manto de Nossa Senhora significa personalidade, valores, caráter virtuoso, moralidade, dignidade, espiritualidade, carisma, empatia, ética, compromisso e promoção de justiça, valores de um bom cristão.

O fato é que a Igreja Matriz de Nossa Senhora Sant’Ana ficou belíssima.

 

Profº Ricardo Assis

domingo, 20 de agosto de 2023

Independência: Santa Mãe do Povo – 200 anos de história - Profº Ricardo Assis

Mãe do Povo de Independência - Museu de Sobral


 A Santa Mãe do Povo hoje se encontra em um museu na cidade de Sobral, longe do seu povo e de sua história. A santa foi levada para Sobral pelo Dom José Tupinambá da Frota que passou por Independência e acabou levando a santa para o museu.

A Santa Mãe do Povo provavelmente é uma das primeiras imagens sacras de Independência, a imagem era venerada por todos, senhores e escravos. Sua história tem mais de 200 anos.

Sob Nº 56, de 6 de setembro de 1836, foi criada a freguesia com demonização de Pelo Sinal, separada da Vila Príncipe Imperial, sendo o primeiro vigário o Padre Antonio Ricardo Cavalcante de Albuquerque, que falecendo veio a ser substituído pelo Padre José de Araújo Galvão.

 Em 1857 foi elevada a vila por Lei Nº 456, de 25 de julho desse ano, sob o nome de Independência, e conquanto tenha sido desde 1880 com o Príncipe Imperial desmembrada do Piauí, e anexada a esta Província, continua a Comarca a Jurisdição do Bispado do Maranhão

  O termo é dividido em três distritos policiais: o da Vila, o de Vertentes, alegre povoado a 42 quilômetros ao sul, na estrada que segue para São João do Príncipe, e o de Santa Quitéria, outra povoação na margem do rio Poti, a 96 quilômetros ao sudoeste.

Na igreja, no altar do lado esquerdo vê-se a imagem de N.S. Mão do Povo, de um metro de altura, que me informaram ter sido a padroeira da antiga capela de Santa Rita, erigida por Inácio Soares Godinho, nos anos de 1817 a 1822, a qual caiu depois em ruinas, por causa do abandono em que a deixaram os descendentes deste.

O local da capela, convertido atualmente em Cemitério do Campo, fica ao norte daquela vila, cerca de 12 quilometro e continua, no entanto, a merecer a veneração do povo que o visita constantemente com sinais do mais profundo respeito.

Profº Ricardo Assis

 

 

 

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Ponte Férrea da localidade Adão – Profº Ricardo Assis

Ponte férrea do Adão

A implantação e construção do trecho ferroviário Crateús a Piquet Carneiro remonta aos anos 1951/1952, a portaria 336 de 28 de maio e 1952 aprovou o projeto para os 48 km de Crateús a Independência.

Os estudos desse trecho foram feitos pelo Dr. Francisco Aires Coelho Cintra, entre outubro e novembro de 1951 e locado por Durval Borges. A execução dos serviços foi feita pelas construtoras Castro & Ferreira e Langer. O trecho total teria 181 km e o trecho até Independência foi concluída em 1964.

A ponte Adão, no KM 23 com 80 metros de comprimento é de encher os olhos, pela sua grandiosidade. Parece-nos que foi construída ontem.

No Km 23,00 (Adão), tinha um posto telegráfico; 2 casas de mestre de linha; 3 casas para trabalhador; casa de força e caixa d’água com capacidade de 35.000 m³.

No Km 50 (esplanada ferroviária de Independência) foram construídos:

Uma Estação de 3º classe

Uma casa para Agente

Uma casa para Mestre de Linha                            

Quatro casas para trabalhador

Uma casa de Força (energia)

Uma caixa d`água com capacidade para 35.000 litros.

Profº Ricardo Assis

VEJA O DOCUMENTÁRIO ABAIXO:




 

domingo, 6 de agosto de 2023

Distrito Jandrangoeira - Independência - Profº Ricardo Assis

 

Distrito de Jandrangoeira é um dos mais antigos de Independência. O distrito foi criado pelo o então Prefeito Jeronimo Alves de Araújo, o movimento da localidade de Jandrangoeira foi pelo comércio do Sr. Júlio Bezerra. Neste documentário Sr. Flávio Rodrigues irá contar sobre o surgimento e a movimentação na época do Comércio. A Jandrangoeira é parte da história do município de Independência.



sábado, 15 de julho de 2023

Independência: Estamos à beira do precipício economicamente. Vamos reagir! – Profº Ricardo Assis


Espero que não veja este artigo como críticas e sim uma tentativa de ajudar a mudar a situação atual de Independência. Nosso município sempre foi rico e próspero. Éramos a “Terra do Bode” e perdemos este título. Somos a “Terra do Feijão” embora vendemos toda nossa produção para outro município.  Tínhamos na década de 90 três bancos na cidade, e já fomos um dos maiores produtores de algodão e milho do Ceará. 

O Diário do Nordeste realizou uma pesquisa e publicou sobre os municípios do Ceará que dependem da Bolsa Família e o município de Independência tem 15. 059 pessoas da Extrema Pobreza, ou seja, 57,5%.

As pessoas estão indo fazer compras em outros municípios, o dinheiro está saindo de Independência para outros municípios, deixando o comercio local sufocado e com consequência não gera empregos.

Por isso, que houve uma diminuição da população do município de Independência para 24. 024 pessoas de acordo com o censo (IBGE), o que representa uma queda de – 6, 06%.

O município está espremido pelos os municípios vizinhos que estão crescendo e sufocando Independência.

Hoje estamos estagnados no tempo, se não houver uma união entre políticos, comerciantes, fazendeiros, CDL, Sindicatos, autônomos e a sociedade em geral, a situação vai piorar a cada dia. Então, vamos deixar as picuinhas políticas e reagir a mais rápido possível.

 Profº Ricardo Assis

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Fundador de Independência foi enterrado na Igreja Matriz - Profº Ricardo Assis

Igreja Matriz de Independência


O fundador do município de Independência, o Cap. José Ferreira de Melo no seu último pedido ao fazer seu testamento foi: “ordeno que falecendo eu nesta dita minha fazenda do Pelo Sinal quero ser enterrado na capela da Senhora Santa Anna ereta na mesma minha fazenda e o meu corpo será envolvido no hábito do seráfico S. Francisco”.

Quando ele morreu a fazenda Pelo Sinal ainda estava se tornando um pequeno vilarejo, ainda com poucas casas. Sendo assim, a fazenda ainda não tinha cemitério, e ao pedido do fundador de Independência, Cap. José Ferreira de Melo foi enterrado na capela de sua fazenda (que hoje é a Igreja Matriz).

A prática de se enterrar na igreja era comum aos católicos, pois acreditavam que estarem mais próximos aos santos. O costume permaneceu até as primeiras noções de higiene pública, quando surgiram os primeiros cemitérios.

Realizar enterros dentro nas igrejas era muito comum até o século XIX. Os cemitérios normalmente eram instalados ao lado ou atras das igrejas, e o sepultamento no interior dos locais sagrados era sinal de muito prestigio para os católicos.

Para muitos católicos acreditavam que o último lugar de repouso deveria ser próximo aos santos. Por isso, o desejo de ser enterrados na igreja (local sagrado). Homem de muita fé e dedicação a igreja católica, Cap. José Ferreira de Melo, que construiu a capela e deixou boa parte de dinheiro para realizações de algumas missas para as almas de seus familiares, foi seu último desejo firmado em seu testamento.

Os locais próximos do altar eram oferecidos para pessoas de maior intimidade com a fé. Em primeiro lugar, estavam os padres, depois, as pessoas com algum destaque nas irmandades ou organizações religiosas da época.


Profº Ricardo Assis


 

sábado, 17 de junho de 2023

Independência: Rua do Cruzeiro em 1978

 FOTO ENVIADA POR ROSALINDA PIMENTEL

Rua do Cruzeiro - 1978

Fontes históricas permitem afirmar e imaginar narrativas múltiplas sobre a história de qualquer objeto de pesquisa. Se a simples análise de uma foto já é suficiente para imaginar e perceber como era nossa Independência.

A foto acima, provavelmente foi tirada no final da década 70, talvez em 1978 a 1982. A foto é da Rua do Cruzeiro, uma das primeiras ruas feitas na Vila e depois se tornou cidade, num tempo em que as era eram “Carroçal”, onde haviam caminhos que chamavam de “Veredas”.

Na foto podemos vê a Casas de D. Ozanira Pinto e o seu companheiro de décadas o Fiat e o outro carro que é um Jeep que pertenceu ao Sr. Edval Pimentel, o Jeep tinha um apelido “Corrupião”.

Certamente, a foto foi tirada na Torre da Igreja Matriz, que fica em frente as casas da foto. As memorias de nossa cidade e recordações são parte de uma história magnifica que nossa terra natal construiu durante anos. Hoje a Rua do Cruzeiro está urbanizada com residências com visuais diferentes do que na época da foto acima.

Profº Ricardo Assis